Barcarena é uma cidade do Estado do Pará. Este nome originou-se de uma grande 'embarcação' que era chamada de 'arena' e batizada pelos habitantes do assentamento populacional de barca. Desta junção nasceu o nome. O lugar é culturalmente marcado pelo berço da cabanágem. Tem o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, o festival do abacaxí, do carangueijo, do peixe e do açaí. Um dos polos de cesteira do Pará está localizado na Ilha de Trambioca. Barcarena é o cenário de grandes indústrias mineradoras, e palco ainda, de comunidades ribeirinhas, cujo espaço se reveste de grande magnitude não só pelas riquezes naturais que guarda, mas pela cultura que conserva. É claro que, além deste lado contemplativo os espaços geograficamente preenchidos por inúmeras ilhas, também revelam dissabores. O maior de todos é a invisibilidade cidadã, já que se trata de comunidades tradicionais que vivem tão próximas e ao mesmo tempo tão distantes do grande centro urbano, que é a cidade de Belém. O cotidiano do lugar é diferente. As casas que margeiam os rios guardam histórias que são apenas alcançadas pelo imaginário. Mas são reais. O modus vivendi peculiar revela traços distintos, tal como a forma única de transporte que é puramente fluvial. As avenidas de água são as vias públicas percorridas por quem vai de um lugar ao outro. São crianças, mulheres, homens... Embora a pacata vida demonstre uma tranquilidade aparente já existe, contudo, algumas formas de violência. Especialmente no Furo de Barcarena, ou de Nazário, conhecido por nós como a rua principal de acesso à cidade. Navegar por estes rios é entrar em contato com o invisível, com comunidades que adormecem cedo e acordam com o cantar de pássaros. É concluir que a consciência nem tudo percebe ou imagina. Quando o filme é revelado, percebe-se o grande contraste que é viver.
Este espaço é um experimento. Apresentar uma história transcrita em partes. A ideia não se inscreve na pretensão de expor uma verdade de imagem, mas tudo aquilo que perpasse pelos corpos que possam enxergá-la, mesmo que temporariamente, como algo não permanente, mas aberto, inconcluso. Esta é a perspectiva primeira, a expressão de trabalhos construídos no tempo e em espaços diversos. Tem como sentido maior aspectos da realidade cotidiana norteada pela diferença de sentidos.
Parabéns amiga!!! Sempre adorei suas fotos! E vou continuar acompanhando. Beijo grande!!!
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